1 de set. de 2010

Errante

Encontrou-me displicente.

Uma poesia veio.

Sensível e instigante, ela me veio.

Eu não procurava,

Nem mesmo esperava.

Mas ela veio.

Assim como quem é livre para ir, ela veio.

Tal qual flecha, alojou-se em mim.

Se materializou, pelas minhas mãos.

Brincou um pouco comigo e,

assim como veio,

Se foi,

Meio sem direção...

3 comentários:

  1. Só consigo questionar.
    Como a poesia se foi, sendo que seu fim, para o poeta, é sua materialização?

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  2. Meu Caro Demervas,
    é que, na verdade, a poesia não pertence a ninguém, e por isso não se prende ao poeta. Este é apenas o instrumento que ela usa para ganhar certo corpo. Mas prossegue livre e vagando, entre almas e corações.

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