15 de jul. de 2018

Caiu novamente a noite
Fria e escura noite
Assim como cai a vida
Lentamente cai
escorre por entre os dedos
escapa de nossas mãos
esvai a cada instante
esvaziando a ampulheta
Contamos como acúmulo
o que já não temos mais.
Em nova segunda-feira
renasce as esperanças
nos lembrando dos meses já passados
dos compromissos assumidos
de projetos não realizados
dos sonhos abandonados.
Do tanto que descartei de mim
Das camadas, artificiais, que vesti
De tudo que não fui
         e finjo não ser.
E novamente a noite cai.
Fria e escura, como devem ser as noites
Cheias de brilho como deveriam ser as noites
         e não deveriam a fantasia que usamos.
Outra noite
mais um dia vivido (acredita-se)
mais uma semana
nova chance
outro recomeço
novas oportunidades...

E amanhã, para a maioria de nós
por falta de coragem
         ou se consciência,
a vida seguirá com a mediocridade de ontem.
E seguiremos somando os dias que já não temos
pois fingir acumular o que não possuímos
é o que fazemos de melhor...

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