9 de nov. de 2010

Distorcida sintonia...

Não teve música preenchendo o ambiente.
A luz não mudou de cor,
(O Arco-íris, claro, não surgiu).
Nem fizeram pausas dramáticas.
É, a vida não é mesmo como nas novelas,
Tampouco como no cinema.
(E não é irônico ou romântico.
Tem apenas o a intensidade dos sentimentos).
E, se encontraram.
Depois de tudo
(e tanto tempo).
Fingiram alegria,
Ele quis até sorrir...
(...)
Palavras soltas,
“Como tem passado?”
Cerveja amarga.
Minutos longos.
Por fim, um beijo no rosto
(frio, pesado...
Mais suave teria sido um soco).
Despedida amena.
Votos comuns
(... felicidades...)
Indiferença...
Lembrou-se de um tempo em que acreditou que eles formavam “nós”.
E de quando descobriu que, por acreditar sozinho,
Ele era apenas “eu”.
(...)
As lágrimas?
Não foram pelo que eles são agora,
Nem pelo que poderiam ter sido.
Mas pelo que fizeram deles,
Pelo que fizemos com eles.
Pelo que ela fez
Pelas escolhas tortas.
Pelos planos abandonados,
E acordos quebrados.
Foram por tantos passos abandonados no meio do salão
(antes que a música terminasse).
E, por nem ao menos, sentir raiva.
Mas por tamanha indiferença.
Por ver toda aquela magia (que imaginou um dia)
Totalmente morta...
(...)
E seguiram, sem música pra embalar
o caminho em que seguiam.
Más por certo havia música.
Só não conseguiram perceber,
Por conta dessa
Distorcida sintonia.
.............

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