Cansada, ela procura repouso.
Busca em si
mesma,
Em
lembranças recentes
E em histórias distantes.
O velho sofá
ainda meio confortável
A velha
cama, ainda acolhedora,
Mas, agora, assustadoramente grande
E o sono se perde.
Solitária,
ela vasculha gavetas e pastas, em busca de algum sinal de companhia.
Encontra vazio.
E a certeza
de que certos encontros não trazem nada, além de mais vazio.
Angustiada
ela chora.
E suas
lágrimas também molham minha face.
Minhas
feridas ainda doem.
Algumas ainda abertas.
Em sua lâmina, ainda escorre meu sangue.
Mesma lâmina
que a faz sangrar agora.
E sua dor,
apesar da minha, doe também em mim.
E causam outras dores.
Misto de
tantas coisas.
Profusão de
sentimentos.
Certeza da
distância
Aceitação do
fim
Negação de
verdades...
E, se nem
toda estrada é caminho
Da mesma
forma, nem todo caminho é paralelo
Ou se cruza novamente.
Mas ela
chora
E eu escolho
acolher
Compartilhar
Procurar
entender
E não mais
julgar.
Abraçar.
Mesmo à
distância
Mesmo que longe
pra sempre.
Mas abraços
são refúgio,
E por tudo,
e tanto,
O meu estará
sempre aqui.
Sempre
aberto.
E, do meu
lado
Sigo
torcendo para que o tempo de chorar termine logo
E não volte
nunca mais.
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