E, nessa manhã,
Meio que “do nada”
e
sem motivo
Seu sabor veio me
visitar
Como se em minha
boca fosse sua saliva
Escova e creme
dental,
O enxaguante bucal
só reforçaram a
sensação
Saudade de
daqueles beijos matinais
Preparei um café
forte
De nada adiantou,
Cafés sempre estiveram presente em nós
Acordei inda mais
E o sabor ganhou
aroma.
Comi
bebi
e você seguiu em
mim
agridocemente
atormentando
Banho, tomei
Andar, caminhei
Liguei o rádio
Ouvir músicas
Li notícias e
futilidades
Ouvi sobre as guerras
Até trabalhei,
Tentei me iludir
E te ludibriar
Em vão
Por fim, desisti
Parei de tentar
fugir
Aceitei ser
(metafisicamente) sua morada
Como sempre gostei
de ser
E, assim, abri uma
cerveja
Para harmonizar
Combinação
perfeita
Desde quando me
emprestava seu calor
E,
após o desencontro,
Tornou-se mais
presente hábito
Afagando minha
alma
Amenizando minha
dor
Clareando minhas
lentes
E Realçando seu
sabor...
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