Na tela branca
da vida
rabisco.
Por vezes
frases explícitas,
claras.
Outras vezes,
obscuras orações.
Mas sigo minha
sina,
traçando
minhas horas,
rascunhando
meus momentos,
rabiscando meu
destino.
Caligrafia
ilegível,
arial tamanho
12,
Ou belo
manuscrito.
Não importa!
a cada pingo,
cada traço,
cada letra,
cada ponto,
ou travessão,
um novo passo.
Já é outro
lugar,
Nova sentença,
outro
parágrafo.
Um ponto e
virgula;
Virar a página,
arrastar a
alavanca de retorno,
Novo “enter”.
Se a escrita
segue tranquila
letras suaves,
tipos
perfeitos.
Se há lágrimas,
borrão,
manchas,
rasuras.
Mas a escrita
segue
Pois é minha
tela,
meu bloco,
minha resma.
Ninguém mais
pode rabiscar.
Podem até me
inspirar,
sugerir,
opinar.
Mas, se é
minha essa história,
ninguém
escreverá por mim.
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