Lembrei-me de você,
Como sempre me lembro de nós.
Pretendi esquecer. Impossível, você não sai de mim.
Guardei as fotos na gaveta mais funda.
As cartas digitalizei, para queimar, simbolicamente, os papeis.
Troquei o perfume.
Já não me visto como antes.
Meu prato preferido, mudei também.
Mas acordei pensando em nós.
Memórias que estão na pele.
Na saliva,
No olfato e paladar.
No meu jeito de pensar.
Em todos os meus sentidos.
Em como respiro pra viver.
E eu simplesmente me lembro de você.
Me lembrei e tive medo.
Medo de falar sempre de você,
Já que está totalmente em mim.
O que dirá meu toque, acariciando outros corpos?
E meu beijo, não dirá seu nome?
Meu suor terá seu perfume?
Será o seu gosto, em minha saliva?
Arrepiará meu corpo, o seu calafrio?
E quanto à você?
Te alegrará, meu sorriso aberto?
Em sua solidão buscará meu colo?
Será minha proteção, a espantar seu medo?
Seus suaves movimentos buscarão meu gozo?
Futuros amantes hão de entender
Que estas em mim, e eu em você,
Como tatuagem, para toda vida.
Mas eu tenho medo
Que confundam nossas vozes.
Que reconheçam o outro, em todos os nossos poros,
E que me vejam em ti
Como é bem fácil enxergar você
Sempre que olharem dentro dos meus olhos.
Como sempre um romântico assumido... =) pelo menos eu acho.... rsrs
ResponderExcluirSempre com essas coisas que não [des]existirão.