Nossa vida é impulsionada, e de fato acontece, em decorrência das escolhas que fazemos.
E as fazemos o tempo todo. Em todas as áreas.
Decidimos o que vestiremos ao levantar. Decidimos o que comeremos em cada almoço e em cada jantar. Decidimos se aceitamos aquela proposta de trabalho, ou não.
E sempre nos tornaremos o resultado dessas nossas escolhas. É a famosa “lei de causas e efeitos”.
Mas há duas áreas da vida cujas consequências das escolhas são mais visíveis, e que mais nos impacta. A primeira está ligada à escolha que fazemos sobre que “tipo” pessoa queremos ser. Se aceitamos o status quo, e nos enquadramos nos sistemas que estão instalados, e que tem como principal meta, podar o ser humano, impedir que enxerguemos toda plenitude da vida, como consequência viveremos sem ao menos saber que existem coisas grandiosas a serem escolhidas. Essa é uma escolha política, filosófica e, principalmente, religiosa. E so o exercício da liberdade e o fortalecimento da fé podem nos libertar e nos iluminar. Aos poucos que escolhem ousar, caberá, por muito tempo (“(...) há homens que lutam por toda a vida, esses são imprescindíveis...” Beltold Friedrich Brecht) uma luta que por vezes parecerá inglória. Pois uma vez livre, a mente jamais se conformará com qualquer forma de aprisionamento (sobretudo com o aprisionamento do espírito criativo, que nos atribui as qualidades que nos tornam, de fato, humanos).
Nesse aspecto todos que vislumbram, mesmo que so uma pequena fagulha desse brilho transgressor, não se conformará em andar apenas nos caminhos que o mundo tenta nos forçar. Mas, assim como aquela jovem gaivota que não se contentou em voar apenas o suficiente para encontrar comida, como todos de sua espécie. E, transgredindo os padrões tidos como imutável, ousou ir mais longe. Mais longe não apenas na direção do horizonte. Mas decidiu que poderia, e foi, mais alto, no Céu, e mais fundo, no oceano. Desvendando como nenhuma outra gaivota todos os ambientes onde estava inserido.
A quem se permite ser livre viverá pois essa busca por mais liberdade e mudança. No entanto, essa jornada não se pode fazer, satisfatoriamente, de forma solitária. Precisamos encontrar alguns bons companheiros de caminhada. Afinal é muito bom saber que já não estaremos sozinhos em nosso voou transgressor.
Isso me leva à segunda área de nossas vidas onde as escolhas mais interferem em nossa felicidade. Trata-se das escolhas que fazemos em nossa vida afetiva. Por mais que não assumamos, é o conforto de uma união afetiva que buscamos em tudo que fazemos. Queremos ser bem-sucedidos profissionalmente e financeiramente. Mas queremos, muito mais, ter sucesso no amor. Por vezes sonhamos em construir empresas bem estruturadas e rentáveis. Mas todos nós, (mesmo que de forma não declarada) sempre, sonhamos em construir famílias sólidas, unidas e felizes.
É a felicidade da família, e não o saldo na conta bancaria que nos diz se estamos no caminho certo. E, ao fim de nossas vidas, o que vai nos dizer se nós “demos certo”, muito mais que o patrimônio que acumulamos, e a herança que deixamos para nossos descendentes, será a qualidade das pessoas que criamos e das lembranças que terão de nós, e o quanto o amor que sentem por nós, continuará orientando seus caminhos, na direção dos valores que sempre defendemos.
Mas também buscamos o prazer dos afagos e carícias. A tranqüilidade dos carinhos suaves em momentos de intimidade inocente de pura meninice. E, claro, a satisfação explosiva e fecunda da união de nossos corpos.
Encontrar alguém que nos faça melhores e mais felizes. Que vá além da filosofia, do carinho e o desejo pelo outro.
A busca pela certeza de ter ao nosso lado um companheiro de luta, um irmão de fé, um amigo verdadeiro e um amante fiel é, talvez, a escolha mais comum na humanidade.
Queremos encontrar alguém a quem possamos dizer “Eu te amo”. Mas nessa busca não podemos, sob pena de nos perder pelo caminho, escolher esvaziar de sentimento o significado da palavra “Amor”.
Belo texto Naza...belo texto. Entretanto, como boa budista, a felicidade está dentro de nós mesmos e não do lado de fora. Ter um parceiro na vida é muito bom, uma família também, mas estes não são o único caminho para saber que deixamos boas obras em nossas vidas. Temos muitos bons exemplos na história de pessoas sem parceiros e sem filhos, que deixaram maravilhosos exemplos de amor.
ResponderExcluirbjs
vivi