Lidi, Eguimar e demais
Sou fundamentalista! E o fundamento que “Centro-Oesteia” minha vida é este: Ser Feliz.
Todos os demais advem daí. Ou são condição, ou efeito.
Ter grana suficiente para minha cerveja de sexta, é condição;
Ouvir minhas músicas favoritas, é condição;
As longas conversas com os amigos é condição, mas também é efeito;
Trocar mensagens com a “amigalidi” é também assim. Causa e consequência;
Acreditar que tenho total controle sobre meus atos e minha vida, é necessidade vital; e
Ser Livre, acredito ser condição e efeito. Mas às vezes tenho dúvida se não seria a própria felicidade.
Sempre pretendi ser livre (lembro que meu fundamento é Ser Feliz), acredito que faço, eu mesmo, minhas escolhas. E sei que as consequências de nossas escolhas quase sempre fogem ao nosso controle. "Se navegar é preciso, viver é de uma incerteza assustadoramente linda".
Mas, sou machista, egoísta, ganancioso e em parte, intolerante. Afinal fui criado nesse mundo que nos ensina a ser assim. E quem não compartilhar esses defeitos (e todos os demais que não citei) pode atirar o primeiro fragmento de rocha moral.
É verdade que assumo meus defeitos, e minha vida quase se resume na constante batalha que travo, buscando uma evolução que aperfeiçoa, baseada na religião que escolhi.
Mas, nesse campo, há mesmo escolhas? E, se o homem criou as religiões e, é nelas que figura Deus, então pode Deus ser uma criação humana. E se nos ensinam que foi Deus quem criou tudo que há, retorno à questão presente desde sempre: Foi o ovo ou a galinha?
E ainda tem tudo que cerca nossas escolhas. Que nos manipulam, mesmo nos fazendo acreditar livres. Se sou o resultado de uma vida inteira recebendo informações que vieram de fora (de mim), e se alguns fatos me fizeram concordar, discordar, defender ou renegar essas informações (verdades (?)). Como posso dizer que minha opinião/posição realmente é minha? Que é realmente livre?
Não! Não vou perder minha fé. Mesmo ela sendo motivo de críticas daquele meu amigo católico. Afinal, “...como pode um comunista ser tão declaradamente cristão. E ainda por cima, espírita?...”.
Há as dúvidas e angustias presentes em todos (e nesse momento, muito fortemente em mim). Mas não foram os conflitos que sempre motivaram os avanços?
Sigo com os meus. Sentindo as dores e prazeres que essa jornada nos pode proporcionar.
Mas já descobri que o prazer deve estar no fazer, no ir, nos atos que se realiza. E não nos resultados alcançados. Se forem bons, como planejado, ótimo. Mas, conta mesmo se houve prazer ao serem realizados. É o velho ditado: “... a viagem, ... não o destino...”.
Por isso sigo tentando aproveitar cada momento. Cada tarefa, cada passo, cada orgasmo, cada linha escrita (ou lida)...
E mantenho-me fundamentalista: Ser (e esse é o verbo, não o estar) feliz é nossa principal função aqui. Tudo o mais resultará daí.
Abraços
"Naza"
Angustiado, mas Feliz.
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