Caiu
novamente a noite
Fria
e escura noite
Assim
como cai a vida
Lentamente
cai
escorre
por entre os dedos
escapa
de nossas mãos
esvai
a cada instante
esvaziando
a ampulheta
Contamos
como acúmulo
o
que já não temos mais.
Em
nova segunda-feira
renasce
as esperanças
nos lembrando dos meses já passados
dos
compromissos assumidos
de
projetos não realizados
dos
sonhos abandonados.
Do
tanto que descartei de mim
Das
camadas, artificiais, que vesti
De
tudo que não fui
e finjo não ser.
E
novamente a noite cai.
Fria
e escura, como devem ser as noites
Cheias
de brilho como deveriam ser as noites
e não deveriam a fantasia que usamos.
Outra
noite
mais
um dia vivido (acredita-se)
mais
uma semana
nova
chance
outro
recomeço
novas
oportunidades...
E
amanhã, para a maioria de nós
por
falta de coragem
ou se consciência,
a
vida seguirá com a mediocridade de ontem.
E
seguiremos somando os dias que já não temos
pois
fingir acumular o que não possuímos
é o que fazemos de
melhor...
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