Quero
viver minha história
de
forma plena, em caixa alta.
Não a
quero entre aspas
nem
criptografada.
No
máximo entre parênteses,
se esses
me forem amigáveis.
Se a
vida já me foi sublinhada,
e agora
se apresenta rabiscada.
O que
já foi poesia,
agora
me chega como uma nova tese,
de
filosofia tão profundamente superficial,
que
compreender já não desejo.
Se faço
é apenas pelo hábito,
meio que,
vivendo só por viver.
E como
interprete gago,
leio
cada palavra/instante
com a certeza
de que pode não haver novo fonema,
ou
aquela vírgula, despercebida,
pode
ter sido o ponto final.
E, nessa
pausa que agora faço,
respiro
e espero encontrar a semântica perfeita.
Seja lá
o que isso queira ser para mim.
Só
espero retomar meu roteiro de onde parei um dia.
Quando
lia facilmente minhas escolhas,
Posto
que era eu mesmo quem as escrevia.
E não
havendo mais aspas, colchetes ou criptografia,
beberei,
novamente, a vida em plenitude.
Em
fontes claras e frescas,
todas
em tamanho doze.
Com
frases em negrita felicidade
Sem
falácias,
com rimas
livres
total
coerência.
com
letras e vida em harmonia.
E essa
minha prosa, meio sem graça,
voltará
a ser poesia.
Brincando com a língua novamente, Nazareno?
ResponderExcluirSempre que posso, Demerval!
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