Agora faz sol,
Depois da chuva.
Em minha pele, tantos secaram.
Se a velha música ainda me traz velhas lembranças,
Há novas canções...
O frio na pele não é o mesmo do estômago,
E o brilho que me encanta,
Já não me cega.
Se não tenho som de riachos,
Nem suave gorjear,
É o burburinho da cidade que hoje me desperta...
É, choveu na cidade quente,
Mas veio o sol, pra nos evaporar.
Na língua novos sabores,
Enriquecendo o paladar.
No peito, cheio de novas ausências,
Bate o mesmo coração,
Que, por ser congênito, não tem remédio.
Condenado a não se apaixonar,
Pois já nasceu apaixonado.
No rosto,
As novas/velhas marcas tentam me convencer de tanta coisa que já sei.
Se sei, não estou tão certo.
Mas é certo que vivi.
E nem importa se não ficaram pegadas nos caminhos que passei.
Importa ver as marcas de todos bem aqui,
Tatuadas,
Gravadas,
Escritas em mim.
Com rastros,
Poeira,
Ensinamentos,
Experiências
E gratidão.
O estranho já quase não o é.
No espelho, me reconheço hoje muito mais que antes.
Já quase sei quem sou.
Boa parte já foi.
Quem sabe a metade.
Mas, se metade não é o todo,
E se sempre haverá outras chuvas,
Depois de grande seca.
Sigamos.
Pois agora faz tempo bom.
Com chuva lá fora,
Seguida de sol
Pra garantir que teremos fotossíntese,
Alimentando sonhos, esperanças e amores (... )
Sempre, depois de cada osmose!
vc sabe o que nos falta.... só, só isso, e esse "tempo bom" vira "tempo ótimo"....lindeza minha!
ResponderExcluirSe tudo der certo: cíclico e ascendente!
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