não havendo mais castelos,
nem amigos imaginários,
sem dragões para enfrentar,
fica a capa pequenina,
no fundo de qualquer gaveta.
Ficam poucos sonhos,
antes quase realizados,
hoje impossíveis,
ou “ridículos”.
Se não há mais fantasia,
nem brincadeira em plena rua,
ou riso fácil,
de alegria compartilhada.
Fica a certeza que envelhecemos,
a frágil força dos adultos,
necessidades tão supérfluas,
limitações falsas, impostas
(essas besteiras sociais).
E fica, sobretudo, o medo
d nunca mais poder brincar.
De ser ridículo, pra ser feliz.
De não aproveitar o que nos resta.
E o pior dos medos,
não o da morte, pois essa é certa,
e nos redime,
Mas da amargura,
Da solidão...
Muito bonito e verdadeiro. Intenso.
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