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A detetive Karine tocou a campanhinha e logo foi atendida por uma senhora simpática. Aparentava ter uns 75 anos, aparência certamente enganosa, culpa das grandes dificuldades que deve ter enfrentado por toda vida.
- Por favor, senhora, é aqui que mora o senhor Antônio Pedro Aguiar? - perguntou Karine.
- É sim! O ‘Toin Pedro’ mora aqui sim. -respondeu a velha senhora.
- Ele está?
- Ta, sim senhora. Por quê? - receiou-se a velha.
- Eu sou da polícia. Karine se apresentou mostrando o distintivo. E quero falar com ele sobre o roubo do carro.
- Ah bom! Vou chamá-lo - A senhora entrou. Minutos depois apareceu novamente à porta convidando os dois para entrar.
O senhor Antônio estava na sala. Sentado em um velho sofá coberto com uma napa amarelada, muito gasta. Na pequena sala via-se além do velho conjunto estofado de duas peças, uma estante de metal tubular e vidro, onde havia alguns bibelôs, garrafas de vinho e uma tv de 20 polegadas . Além de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida ao lado de uma pequena estátua de Pe. Cícero esculpida em madeira, com cerca de 15 cm . Senhor Antônio percebendo que Karine se deteve por muito tempo admirando a estátua adiantou-se.
- É que somos lá do Ceará. Devotos de Nosso Padim.
- Desculpe senhor Antônio. Só estava pedindo a benção - Saiu-se bem a detetive. Com essa demonstração de fé e respeito pela crença dos moradores, Karine desarmou o que podia haver de receio no velho casal, e ganhou a confiança deles.
- Senhor Antônio, como disse para sua esposa, sou da polícia. E estou aqui por causa do roubo do seu carro.
- Graças a meu Padim, já encontraram ele? - interrompeu o senhor Antônio.
- Não seu Antônio. Ainda não. Vim aqui porque o carro do senhor foi usado para fazer uma coisa muito ruim, lá em Goiânia. E como o senhor teve contato direto com os ladrões, gostaríamos de saber se o senhor consegue contar pra nós como eles eram. O senhor consegue?
- ‘Benhê’, traz um café pra moça e pro menino aqui - pediu o senhor antes de responder à pergunta.
- Olha minha filha, eram só dois. Mas, não deu pra ver o rosto deles, por que estavam com camisa amarrada na cara. Só ficavam os olhos descobertos. Mas, eles eram gente muito ruim. Não eram grandes não. Um era negro e muito calado, forte e nervoso. O outro muito falante, tranquilo e parecia muito frio.
- Teve algum detalhe deles que o senhor conseguiu perceber?
- Humm. A voz do negro é muito esquisita. Ele quase não falou, mas quando falou eu só não ri porque estava muito nervoso, e eles estavam armados. Só isso.
O café foi servido. Os quatro tomaram calmamente. Só o garoto dos desenhos repetiu.
- Sabe tava lembrando aqui. Não sei se ajuda, mas acho que o cabelo do rapaz branco é loiro. Mas, não é loiro de nascença não. É desses loiro tingido, sabe como? E ele tinha um desenho no braço esquerdo - lembrou o taxista.
- Um desenho? - animou-se Karine.
- É uma tatuagem, como fala essa gurizada.
- Isso é muito importante. E o senhor consegue contar como é esse desenho?
- Acho que ...
- Espere seu Antônio. O nosso artista aqui vai tentar fazer o desenho conforme o senhor for falando - disse Karine fazendo sinal para o perito se preparar.
- Pronto! - disse o garoto com papel e lápis nas mãos.
- Então, é uma cobra enrolada no corpo de uma mulher pelada. Em volta tem umas estrelinhas amarelas. A cabeça da cobra ta por cima da cabeça da mulher. Com a boca aberta e a língua de ‘furquia’ encostada na testa da mulher também. E a mulher ta segurando numa das mãos um punhal desses meio tortinhos, sabe?
O taxista terminou sua descrição e menos de um minuto depois o perito estendeu as mãos mostrando o resultado de seu trabalho. O humilde senhor Antônio deu um sobressalto de susto, tamanha a perfeição do desenho que via ali.
- É isso mesmo. Foi você que fez aquele desenho no braço daquele marginal, não foi? - perguntou assustado, já começando a temer por sua segurança, imaginando que esses dois fossem parceiros dos que levaram seu carro...
Um jogo em especial se destacou e realmente ajudaram a tornar incrivelmente popular Atari 2600. Este jogo foi chamado de Pacman. A premissa básica do jogo era que eles iriam se deslocar de um labirinto como a placa de lâminas pouco movimento, ao mesmo tempo tentando evitar os elfos que estavam tentando agarrá-lo.
ResponderExcluirMuuuito bom.. Mas eu vim ler pq vi o nome e me lembrei.. Nossa!! Nem sei há quantos anos eu não vejo o Demerval.. =)
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