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A manhã de sexta-feira já estava na metade, quando o delegado, de pé bem à suas costas, disse com voz firme.
- Então, vamos resolver o problema daquele desconhecido.
- Calma Marcelo, agora não, por favor!
- Como assim, agora não? Agora sim! E sua situação está ficando cada vez mais complicada.
- O senhor não faz idéia, delegado, mas tem toda razão. - Disse uma terceira voz.
Olhando para a porta os dois viram os agentes federais Araújo e Kleiton. Os mesmos que estiveram ali no início da semana, e que ‘resolveram’ o caso Nandinho.
- A senhorita está presa, detetive! - Kleiton mostrou-lhe as algemas.
- Qual a acusação? - interveio Marcelo.
- Triplo assassinato. Ela é suspeita de envolvimento no caso dos homens que foram mortos e carbonizados
Nesse momento todos os policiais da delegacia estavam atentos, assistindo a conversa. Todos surpresos com a acusação.
- Um minuto, por favor! - disse Karine calmamente, enquanto mandava imprimir o documento, de duas páginas, aberto em seu computador. A impressão terminou, ela se levantou, pegou as folhas com a mão esquerda, sem movimento brusco, sacou sua pistola com a mão direita, olhou para os dois federais e pausadamente disse, - Senhores Araújo Godinho e Kleiton Rodrigues, os senhores estão presos por corrupção passiva, assassinato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de armas. A ‘casa de vocês caiu’, rapazes. Melhor se entregarem sem reagir.
O espanto, no rosto dos que assistiam a tudo crescia a cada respiração. Os dois homens sacaram suas armas e apontaram para Karine, que já tinha sua pistola apontada para eles. Kleiton gritou para que ela abaixasse a arma.
- Que palhaçada é essa, detetive. Vai complicar ainda mais sua situação. Venha conosco agora, ninguém aqui precisa se machucar!
- Para com esse teatro, nesse exato momento todos os membros do ‘circulo de Loki’, estão sendo presos. Não compliquem vocês, a situação.
Ao ouvir isso os dois federais deixaram perceber o nervosismo em seus rostos. Araújo se exaltou.
- Você não está me deixando outra alternativa! - disse isso e começou a engatilhar sua arma quando sentiu um toque frio em sua fronte direita. Sem mexer a cabeça ele percebeu que Marcelo tinha um revolver 44 engatilhado apontado diretamente para sua cabeça.
- Por favor, baixe a arma! – foi tudo que o delegado disse.
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